segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A vez das comédias de picadeiro

Farsas, comedinhas, combinados, comédias de picadeiro, brincadeiras, chanchadas. Os nomes são vários mas a função é a mesma: fazer a plateia rir até quase cair do "poleiro", nome dado às arquibancadas do circo. Geralmente elas são curtas, têm alguns personagens constantes, como a ingênua, o cínico, o velho, o galã e, claro, o palhaço, atração maior da encenação e motivo pelo qual grande parte da assistência desembolsa o preço da entrada. Em São Paulo pelo menos dois circos cumpriram longa temporada - mais de uma década - tendo as comédias de picadeiro como maior atrativo: o Circo Piolin (1933-1961) e o Circo Irmãos Seyssel (1942-1956), de Arrelia. Hoje tem início uma programação que se estende pelos meses de outubro e novembro e que inclui a leitura encenada de doze peças clássicas apresentadas por Abelardo Pinto Piolin. Parte do projeto "Entre risos e lágrimas - O teatro no circo (da pantomima aos dramas)", a leitura inaugura a segunda fase da parceria entre o Centro de Memória do Circo (CMC), da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e o Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Censura - Arquivo Miroel Silveira, da ECA/USP. As leituras serão seguidas de debates e discussões sobre a dramaturgia circense, sob a minha coordenação, em conjunto com Verônica Tamaoki, responsável pelo CMC. Hoje, às 19h, há uma aula inaugural, a cargo dos coordenadores, e amanhã, às 15h, acontecerá a leitura das duas primeiras peças: Piolin afinador de Pianos, de Tom Bill, e Que rei sou eu?, de Olindo Dias Corleto.

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