domingo, 17 de julho de 2011

Desatando os nós da viola

Tem horas que parece que os fios se tornam evidentes e as conexões se deixam transparecer. Por exemplo, há duas semanas, ao descobrir que aconteceria um Seminário de Viola em Guarulhos com a presença de Roberto Vignini (que organizou o evento), Índio Cachoeira e Levi Ramiro, fiquei animado para rever os violeiros. Convidei meu amigo Danilo Okamoto e acabei descobrindo que ele está em missão de trabalho em Planalto (RS), sem data para voltar. Bom, o tempo passou e os compromissos de uma semana difícil esvaneceram minha intenção. Chega sábado e nova circunstância me leva justamente para Guarulhos. E como as coisas são: não me ocorreu dar um pulo no Teatro Padre Bento - que eu não conhecia nem sabia onde ficava. O compromisso na cidade me obrigou a cerca de duas horas de ócio e espera. Não me ocorreu que era o final de semana do tal seminário. Parado, numa rua sem saída de um bairro desconhecido, olhei para o final da tal rua e percebi a torre de uma igreja se sobressaindo dos telhados das casas. Decidi caminhar até lá, pois não parecia muito distante. De fato, pouco menos de 250 metros me separavam dela, isso por uma caminho inusitado: uma escadaria que dava acesso a uma outra rua. A igreja estava fechada. Era dedicada ao louvor de Nossa Senhora Desatadora de Nós. Ao lado da igreja, um prédio muito interessante. Caminhei com a intenção de ganhar tempo, passear, flanar. Alguns passos e observo um cartaz na frente do prédio. Olho para um totem na entrada: Teatro Padre Bento! E não é que lá dentro acontecia uma bela aula sobre as afinações da viola a cargo de Amauri Falabela seguida de uma bela apresentação do grupo Viola e Paz! Era lá, o Seminário de Viola! E tudo por causa da Nossa Senhora Desatadora de Nós! Tanto desatou que deixou os fios visíveis. Visíveis e vibrantes!

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