sexta-feira, 10 de junho de 2011

O circo mínimo de Maranhão

A sequência do post sobre Calder só poderia ser sobre o circo maquete de Mestre Maranhão, exposto na área de exposição do Centro de Memória do Circo, na Galeria Olido. Ao contrário de Calder, este circo não é um brinquedo, nem pretendo imitar o encanto circense. Trata-se de um verdadeiro circo, desenvolvido e montado da mesma forma que o de lona em escala real: amarrações, nós, ajustes, arrumação. Se algum dia o circo perecer de fato às demais manifestações culturais, especialmente as de massa - diga-se, de passagem, que o circo absorveu todas elas e se recria há mais de duzentos anos - é só ir até o Largo do Paissandu e copiar em escala maior o circo de Maranhão.
José Araújo de Oliveira, o Mestre Maranhão, se tornou artesão por influência do pai ourives. Após a morte deste, seguiu com o circo, onde foi saltador, aramista e ensaiador, aprendendo a arte da confecção dos equipamentos circenses. Atuou no Circo do Arrelia, na TV Record. Hoje com 80 anos, ensina os saberes circenses em diversas escolas. Pode não ter fãs do quilate daqueles que se sentavam no pequeno auditório do ateliê de Calder, mas angaria o respeito de diversos circenses e estudiosos brasileiros.

Um comentário:

Anônimo disse...

O circo será sempre mágico!Nossas crianças deveriam ter mais oportunidades de assistir aos espetáculos circenses.Achei interessante o fato dos animais não poderem mais fazer parte dos espetáculos,já que se tratando de arte, o amor, o carinho e o respeito a vida devem estar ali presentes e alguns animais sofriam muito para isto!É uma boa oportunidade de se ampliar mais ainda a criatividade na arte circense!