sexta-feira, 10 de junho de 2011

O circo mínimo de Calder

Com arame e madeira, o artista plástico norte-americano Alexander Calder fez um fantástico circo em miniatura. Isso seria somente mais uma experiência excêntrica não fosse Calder um apaixonado por brinquedos, cuja construção dedicou parte de sua obra e seu empenho artístico. Depois de se trnaferir para Paris em 1926, trabalhará no desenvolvimento de figuras móveis até que, em 1931, cria seu primeiro Mobile (nome dado por Marcel Duchamp), peça que se movimenta a partir do acionamento de uma manivela. A obra gerou reconhecimento artístico, o que fez a carreira de Calder desembestar. Apreciado pelos intelectuais francesas, não era incomum vê-lo, de joelhos, manipulando seu circo para uma seleta plateia, onde se encontravam Picasso, Miró e Sartre.Seu circo estreou em 1926, em Paris, e Calder fazia as vezes de mestre de pista, além de manipular todos os componentes do espetáculo circense.
Sua paixão pelo picadeiro começou um ano antes, quando o jornal National Police Gazette o contratou como ilustrador e pediu que desenhasse temas para ilustrar reportagem sobre o Ringling Bros. and Barnum & Bailey. Há pelo menos dois filmes sobre o Circo Calder: o de Jean Painlevé, de 1955, e de Carlos Vilardebo de 1961. Em ambos, o artista, avançado na idade, brinca com seus domadores, trapezistas e palhaços. Imperdíveis. Segue uma pequena mostra da genialidade de Calder, os pequenos personagens de arame acionados mecanicamente no registro de Painlevé, que fez chegar o espetáculo ao nosso incício de século 21. 

Nenhum comentário: