
Nota-se isso quando Wellington, com seu palhaço arquetípico, visita locais públicos que exigem uma boa prescrição de alegria e essência humana: o supermercado, o restaurante por quilo, a Bolsa de Valores, a linha de produção, o escritório administrativo. A receita para transformar esses espaços é a mesma empregada pelos Doutores nos hospitais, nas visitas às crianças, muitas delas em estado terminal: a besteirologia. Trata-se do método para despertar a essência saudável. E para exercê-la, diz o mesmo Wellington no filme, é preciso ter uma boa dose de coragem. Coragem de expor as suas habilidades mais ridículas, as suas atitudes mais comesinhas, a sua frivolidade, a sua capacidade de fazer besteiras e, assim, resgatar a humanidade de cada um, em seu momento mais difícil.
Um filme fantástico, imprescindível e necessário. Pelo menos a cada semestre de vida.
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