quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Hoje é dia de viola. Hoje é dia de rock.

Antes de ler qualquer coisa, vale primeiro clicar aqui para ouvir o Led Zeppelin, a voz inconfundível de Robert Plant e os riffs de guitarra de Jimmy Page na clássica Kashmir. Agora, clique aqui para ouvir uma novíssima versão da mesma música. Se você não teve paciência nem tempo para fazer a comparação, vou dar uma dica: a segunda versão é de dois violeiros brasileiros. A reação imediata poderá ser: "Violeiros tocando Led Zeppelin? Pára, vai..." ou, o contrário: "Que violeiros são esses que perdem tempo tocando Led Zeppelin?" Pois é. Trata-se da "viola extrema" de Ricardo Vignini e de Zé Helder, ambos do grupo Matuto Moderno, que já havia feito misturas contrárias a essa, de modas caipiras relidas com guitarra e teclado (sem se transformar em música sertaneja, claro).
Mas a experiência radical do CD Moda de Rock, que será lançado oficialmente em 21 de abril próximo no Sesc Pompéia - reduto do rock nacional e dos violeiros também - é ouvir som pesado resumido a vinte cordas de viola. Acústico? Rebuscado demais. Bastam duas violas para que clássicos como Aqualung (Jethro Tull), Norwegian wood (Beatles), In the flesh (Pink Floy), Mr. Crowley (Ozzy Osborne) ou Smells like teen spirit (Nirvana) se transformem em modas tocadas na beira da tuia. Até então somente um cara tinha tido a coragem de acaipirar a música americana: Bob Nelson, que fez versões bem brasileiras de clássicos da música country, introduzindo personagens impagáveis como o Boi Barnabé e a Vaca Salomé!
Vignini e Helder vão além das bandas americanas e inglesas. Fazem versão até do Sepultura. E Andreas Kisser não perde tempo: "é cheio de atitude", comenta.
Vai, toma logo a atitude de ouvir as duas versões nos links lá de cima...

Nenhum comentário: