O título do post não diz respeito a Genésio Arruda, cômico e ator de teatro de revista das décadas de 1920 e 1950, que participou de três filmes de Mazzaropi, um dos criadores do tipo caipira - assim como Sebastião Arruda, antes dele até, que, apesar do sobrenome, não tem nenhum parentesco - ou um dos protagonistas do primeiro filme falado do país, Acabaram-se os otários, ao lado de Tom Bill. Também não se refere à sua famosa bandinha, que pode até ser vista no filme Zé do Periquito (1960), dirigido e protagonizado pelo Mazzaropi. Me refiro a outro Genésio Arruda e a outra bandinha. Por coincidência, esse a que me refiro é filho do outro. E a bandinha, denominada Banda Caipira Genésio Arruda, é uma recriação da outra.
Conheci Genésio Arruda por acaso, numa das apresentações do projeto Entre risos e lágrimas - O teatro no circo (da pantomima aos dramas), em outubro do ano passado. Quando a Verônica Tamaoki me apresentou o sorridente Genésio, confesso que senti vergonha de não ser um bom fisionomista, pois ele lembra muito o pai, que começou sua vida artística em 1923 com a Companhia de Disparates Cômicos, fundada com o grandalhão italiano Tom Bill. Logo Genésio, o filho, me apresentou a sua bandinha. Aliás, uma grande banda, com muita gente tocando, além do próprio Genésio, no washboard e o ator Carlos Grillo, fazendo o saudoso caipira. O repertório, como não poderia deixar de ser, são de rastapés e maxixes do ator caipira. Aliás, o filho se empenha em resgatar todo esse repertório.
No Arquivo Miroel Silveira, da ECA/USP, de processos de censura a peças de teatro, constam 26 peças encenadas pelas companhias Disparates Cômicos (até 1936) e Genésio Arruda (1936-1953). O simpático Genésio conta que quer resgatá-las também para reencená-las. Iniciativa mais do que louvável! (Tomei a foto emprestada do blog dedicado à memória de Genésio. É só clicar nela pra ir direto pra lá!)
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