sexta-feira, 14 de outubro de 2011

E lá se foi o maior humorista do Brasil...


                                                
por Arthur Miranda

O que dizer de alguém que tendo nascido no Acre e passado grande parte de sua vida na cidade do Rio de Janeiro, era um paulistano de corpo e alma, que além de um enorme talento, ainda foi sempre um excelente colega, grande amigo e um patrão maravilhoso?
Zé era como um irmão, não só para mim, mas para todos os que desfrutaram de sua intimidade.
Jamais encontrei alguém em minha vida que não falasse com muito carinho, do seu enorme talento, do seu profissionalismo, e do seu coleguismo.
Foi ele, mais o Oscarito, Ronald Golias e o Palhaço Piolim, que inspiraram minha vocação artística, e a vontade de fazer humor.
Zé Vasconcelos foi meu patrão em 1970, na comédia de Péricles do Amaral, que ele montou no Teatro das Nações, em São Paulo, com ele e com essa mesma peça viajamos para encená-la, no Teatro Leopoldina em Porto Alegre, em Campinas, em Vitória, no Espírito Santo, e no Teatro Serrador no Rio de Janeiro.
Meu colega de trabalho, no programa Aperte o Cinto, da TV Manchete, em 1986, onde, por mais de um ano, além de estarmos juntos no programa, ainda viajamos lado a lado de São Paulo para o Rio de Janeiro de carro pela Dutra para gravarmos o programa, hospedados que ficávamos no Hotel Novo Mundo bem ao lado da citada Emissora.
Como é maravilhoso ter um amigo e um colega assim. Se não tivesse nenhum significado a minha participação na vida artística, o fato de ter desfrutado da amizade do querido Zé Vasconcelos, já teria valido a pena.
Saber que alguém como o Zé nos deixou é muito triste, pois com ele se vai um pouco da minha história, uma boa parte da minha vida. É como se eu tivesse perdido um Pai, um irmão (mesmo sabendo que nada disso esta perdido). Fica no ar uma saudade, em nosso peito uma enorme tristeza.
Afinal não é qualquer artista nesse nosso imenso Brasil que pode dizer, modéstia à parte: "Eu sou o espetáculo!"

Cará Pinhé - Este ano procurei Arthur Miranda para me falar dos tempos em que frequentou o Circo Piolin e acabei conhecendo uma pessoa instigante e repleta de boas histórias. Me contou que havia trabalhado com o Zé Vasconcelos, tanto que, ao me deparar com a notícia da morte do humorista nesta semana, a primeira coisa que me veio à mente foi justamente o Arthur. Assim, reproduzo no blog a sua homenagem ao humorista. 

Um comentário:

Arthur Miranda disse...

Na realidade o Zé era mesmo incomparável, mas minha opinião passa ser até muito suspeita, pois alem de haver trabalhado com o Zé, sempre fui e serei seu grande fã. Arthur Miranda.