Na conversa que tive com seu Arthur Miranda sobre o Circo Piolin (veja o post "A maçonaria dos que viram Piolin"), ele contribuiu com duas novas histórias para o extenso repertório folclórico que envolve as encenações circenses do maior clássico de circo-teatro, a peça O mártir do Calvário, de Eduardo Garrido. Aí vão eles, ampliando a nossa lista de causos:
"Eu cheguei a ver muito essa peça em circo, inclusive no do Simplício (foto). E o Simplício fazendo o Cristo. Tem uma história até... o Gibe, o Dedé Santana, eles trabalhavam tudo no circo do Simplício. E eles colocaram naquela hora que chegam com o vinagre, eles colocaram naquela esponja um pouco de cocô... aquele cheiro... e quando o Simplício cheirou, ele resmungou: 'Mmmvou mandarmmm tudomm mmmembora!” Olhava pra baixo e dizia: “Mmtodo mundomm nam rua!'”
"Tem uma do palhaço Toledo, que também foi muito meu amigo... O Toledo era maravilhoso! E o Toledo estava fazendo o Cristo também... Todo palhaço gostava de fazer o Cristo! Era o pior cara pra fazer o Cristo! Mas é porque eles eram os donos dos circos... Aí tinham dois moleques enchendo o saco, enchendo o saco. Quando o pessoal chegou perto, ele disse: 'Pessoal, chama um guarda que tem dois moleques atrapalhando'. E os caras foram chamar. O guarda entrou. 'E aí, onde estão os moleques?' Mas eles ficaram quietinhos. O guarda procurando, e o Cristo foi lá na frente e mostrou: 'Aqueles dois, seu guarda, aqueles dois safados ali!' Vestido de Cristo! Que coisa triste..."
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