
Cercado por 700 crianças num campo de refugiados na Croácia, o palhaço espanhol Tortell Poltrona (Jaume Mateu Bullich) teve, em 1993, uma ideia tão fulminante quanto uma de suas
gags. Decidiu criar um grupo dedicado a multiplicar gargalhadas em áreas que vivem situações de crise, o Palhaços sem fronteiras, que já completou mais de 200 expedições pelo mundo. Hoje o grupo atua em nove países: Espanha, França, Suécia, Alemanha, Bélgica, Irlanda, África do Sul, Canadá e Estados Unidos. Seus principal objetivo é "melhorar a situação emocional de meninos e meninas vítimas de conflitos e de catástrofes, além de apoiar suas comunidades por meio do riso". Aliás, a espinha dorsal do trabalho dos palhaços sem fronteiras é o poder de reequilíbrio emocional que o riso proporciona no nível coletivo. Geralmente os espetáculos são adaptados ao contexto das populações em crise. Há ainda apoio de terapia ocupacional, técnicas socioeducativas e desenvolvimento cultural comunitário. Para atingir o conjunto da comunidade, a entidade atua inicialmente a partir das crianças. Nesse sentido, os narizes vermelhos assumem um papel especialíssimo: o de incluir a criança refugiada, criando um vínculo cultural a partir do riso. Algo que faz mais sentido ao universo do palhaço do que o uso de narizes vermelhos em protestos políticos... Para conhecer mais, ser voluntário ou fazer uma doação,
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