Um musical inspirado naqueles produzidos em Hollywood (em especial em Broadway Melody, de 1929), o filme produzido pela Byington & Cia., dona do selo Columbia no Brasil – que gravou os primeiros discos de Cornélio Pires – e dirigido por Wallace Downey, o poderoso da gravadora, levou três anos para ser produzido. Traz, entre outras cenas, a de dois compadres contadores de “causos”. O elenco é estelar para a época, representantes do rádio paulistano: os cantores Francisco Alves, Paraguaçu, Arnaldo Pescuma e Pilé, as cantoras Alzirinha Camargo e Dircinha Batista, os maestros Gaó e Napoleão Tavares, o cômico caipira Sebastião Arruda, o ator Procópio Ferreira, as duplas caipiras Jararaca e Ratinho e Alvarenga e Ranchinho, o poeta Guilherme de Almeida e os palhaços Alcebíades, João Minhoca e Piolin. Sonorizado pelo sistema Vitafone, foi o primeiro filme brasileiro gravado e filmado simultaneamente. Na trilha sonora, Marcelo Tupinambá, Noel Rosa e Joubert de Carvalho. A cena dos dois compadres se dá após um deles ter sido impedido de tocar no hotel onde estava hospedado. É deste filme também a única imagem em movimento de Noel Rosa, que aparece tocando violão, com um indefectível chapéu de palha junto com o Bando de Tangarás, grupo do qual fazia parte. Ariovaldo Pires, sobrinho de Cornélio Pires e secretário de Downey na Columbia, foi assistente de direção da produção. Estreou no Cine Rosário, em São Paulo.
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