O Fantástico de ontem demonstrou, como sempre, um grande faro para pautas palpitantes, e decidiu discorrer sobre a Coulrofobia, o medo de palhaços. Digo oportuna porque o "gancho" para a tal matéria foi um dos programas mais edificantes da nossa televisão, o Big Brother Brasil. Obviamente que, em momento algum, se falou da tradição circense no Brasil ou mesmo de como a própria televisão se apropriou do discurso circense para construir seus programas de humor. Poderia ter falado de gerações de palhaços que encantaram gerações de espectadores, mas preferiu dar um tom mais científico e tirar da cartola uma parcela de 20% da população que convive com alguma fobia - não é somente o medo de palhaços. De fato, pensando bem, me vejo incluso nesses 20%. Confesso, tenho medo de Big Brothers. Tenho BBBfobia. Pois, em onze versões, jamais tive vontade de espiar eletronicamente a vida alheia. Aliás, até o Pedro Bial me dá "cobreiro". Ante matéria tão profunda, aflorou na minha memória uma antológica frase de um atuante palhaço: "Quando dizem: 'meu filho morre de medo de palhaço', respondo: 'eu tenho de advogado!'"
Como antídoto para qualquer fobia, não só a de palhaços, receito Pepin e Florcita de hora em hora! (O video é da apresentação dadupla no projeto "Entre risos e lágrimas..." do qual já falei aqui algumas vezes...)
5 comentários:
Cara, muito bom teu blog, linkei aqui http://artur-gomes.blogspot.com vou espalahara em outros, e passar aos meus amigos de circo. grande abraço
artur gomes
Valeu, Artur, obrigado pelo elogio e pela força! Grande abraço!
Carissimo, não sei se vc pode lembrar mas não faz muito tempo o deputado federal mais votado, foi um palhaço e de verdade. Existem brasileiros e as que se identificam com êle com os personagens do BBB tb. São palhaços... talvez mas são limitados como personas, falta-lhes uma identidade. É triste mas este contingente existe e eles não são poucos. O que nos resta fazer, talvez mudar este quadro. Como? Não sei!!! Mas aceito sugestões, só sei que não consigo conviverr nem com eleitores do Tiririca nem voyeurs do BBB
Laura,se considerarmos o palhaço na tradição circense, ou seja, nariz vermelho, traços exagerados, roupas e humor grotescos (no caso do excêntrico) ou roupa luxuosa, rosto branco e chapéu em forma de cone (no caso do clown), não podemos definir Tiririca como palhaço. Seria mais correto chamá-lo de cômico. A lógica do palhaço é outra, seu foco é interpretar o mundo agindo às avessas, longe da ordem social. Seria interessante vê-lo político. Mas ele é... palhaço! Que continue causando fobia nos BBBs!
Florcita (e Pepin) é melhor do que o mais ibopado* dos episódios do BBB
Postar um comentário